Diá

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Diá, em senzar, é um modo particular de vibração ih. Assim como o espectro das cores refratadas por um prisma de cristal ou a gama de sons que podem ser produzidos variando-se o comprimento de uma corda, as vibrações ih formam um contínuo de infinitas possibilidades. É possível, porém, produzir uma vasta variedade de efeitos com a combinação de um número finito de frequências, chamados diás, que podem ser comparadas a cores (como preferem os senzares, adeptos da pintura e do uso mágico de cristais), notas musicais (na cultura dos acaios, entusiastas da música), influências astrais (para os caris, fascinados pela astrologia), números (para os ofirianos, estudiosos da numerologia) e substâncias (para os tlavatlis, que preferem pensar em termos de cheiro e tato).

O número delas varia conforme a civilização e a escola de magia. Há quem fale em 22, 36, 60, 360, 5.040, 460.800 ou mesmo 8.648.640 diás, mas isso se trata apenas de uma maneira de aludir ao número ilimitado de possibilidades teóricas, quando não de bravata. Na prática, muitas das mais poderosas escolas de magia obtêm praticamente todos os efeitos que se possa desejar a partir de três a sete diás.

O tipo mais eficaz de ritual mágico – canção, dança, meditação, manipulação de símbolos, cozer poções – depende da natureza do resultado pretendido, mas cada um desses estilos, chamados estilos em senzar, favorece um determinado diá e pode, com maior ou menor eficácia, fornecer uma ampla gama de resultados. Se o diá pode ser comparado uma nota musical, então o estilo pode ser visto como o modo musical (jônico, dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio, lócrio etc.) que tem por dominante essa nota.

O sistema das 14 diás

Os nomes dos principais diás estão associados a nomes dados a certos planetas do sistema Shamash pelos antigos caris, que acreditavam que esses planetas eram a fonte última de todo o ih. Embora os atlantes tenham abandonado essa crença, os nomes tradicionais continuam a ser usados, ao lado dos nomes senzares, que aludem primariamente às cores intuitivamente associadas a esses modos de vibração e as guildas e escolas de magos são tradicionalmente chamadas pelos antigos nomes caris - "Escola Nabu", "Guilda Ishtar" e assim por diante. Entre os senzares, os diás são associados também aos dias da quatorzena e aos animais que os representam e, por meio deles, aos clãs que levam seus nomes.

Diá
(nome senzar)
Cor   Pedra Astro Nota
musical
Substância Número
Cinza   Magnetita Ellil Silêncio Vazio 0
Amarelo   Topázio Shamash Espírito 1
Branco   Pérola Sin Alma 2
Azul   Safira Marduk Ar 3
Alaranjado   Jacinto Tammuz Dó sustenido Carne 4
Violeta   Ametista Nabu Mente 5
Verde   Esmeralda Ishtar Si Água 6
Castanho   Sardo Ereshkigal Mi bemol Sangue 7
Negro   Diamante Ninurta Mi Terra 8
Vermelho   Rubi Nergal Sol Fogo 9
Rosado   Cristal Ninagal Fá sustenido Osso 10
Anil   Lápis-lazúli Ea Sol sustenido Metal 11
Celeste   Água-marinha Anshar Si bemol Madeira 12
Pardo   Obsidiana Kishar Percussão Pedra 16
Dodecagrama atlante

Os diás fundamentais relacionam-se entre si de uma forma que os atlantes representam com um diagrama conhecido como dodecagrama. Partindo-se de um diá em uma das pontas do dodecagrama e seguindo-se uma das linhas chega-se a um dos dois diás que melhor se combinam com o diá inicial. Por exemplo: o diá Nergal (ponta vermelha) se associa mais facilmente ao diá Nabu (ponta roxa) ou ao diá Sin (ponta branca). Diás opostos no diagrama, porém, são dissonantes entre si e tendem a anular-se mutuamente, como o diá Nergal (ponta vermelha) e o diá Tammuz (ponta alaranjada).

Os diás fundamentais Ellil e Kishar, porém, são especiais. Kishar se associa de forma igualmente fácil a cada um dos demais diás, exceto Ellil – e este está em dissonância com todos os demais.